Turismo Consciente Busca Meios de Hospedagens Responsáveis

Voltar para blog
Sustentabilidade

O Brasil discute o tema sustentabilidade desde da Conferência da ONU-Rio 92,mas sem avanço efetivo em indicadores de desempenho como: Segurança, atendimento, saúde e bem-estar, valorização da cultura, mobilidade urbana, gestão de resíduos eficiente e preservação dos pontos turísticos das cidades.

O país viveu o “boom” turístico, sobretudo, hoteleiro,na Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Com isso,autoridades se atentaram para o despreparo do país diante das exigências externa se criaram cartilhas, normas e certificações, na tentativa de gerar segurança quanto ao tema.

Em se tratando de hotéis (considerados GG-Grandes Geradores), para estimular as boas práticas a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), elaborou a NBR SGA 15401/2016 com o intuito de orientar na gestão sustentável do turismo e meios de hospedagem. A norma pode ser utilizada como base para organizar seu negócio contemplando, pessoas, cultura, meio ambiente e comunidades. Também cria mecanismos para: uso racional da água, eficiência energética, melhor escolha dos insumos, preservação da fauna e flora local, mitigação ao desperdício e a gestão dos resíduos sólidos gerados.

De lá pra cá, vários movimentos mundiais que já eram crescentes em todo globo, com a pandemia covid-19cresceram muito mais. Estilos de vida, mudanças de comportamentos em compras e escolhas de serviços e produtos, levam a um modelo de negócio cada vez mais comprometido e responsável. Cada vez mais aumentao público leal ao eco consumo, minimalismo, compra vinculadas às causas ambientais,inclusão social, ativismo. Esse consumo repensado, com possibilidade de recusa,pressiona o padrão convencional de mercado,a mudar para mais sustentável, responsável e ético. Ética, responsabilidade e sustentabilidade. Pilares inter dependentes e se tornam os mais relevantes nas escolhas de um consumidor consciente.Este é o contexto mundial e não tem volta. Gestores estão sendo preparados para uma nova perspectiva de mercado onde não é o negócio mais rentável que deve reinar como premissa, mas o modelo que atenda os pilares econômico, social, ambiental, cultural e político, com viés ético. (LAASCH, 2015)Mas o que seria ético no mundo dos negócios que até aqui, sua premissa é gerar lucros? A transcrição de um parágrafo da obra “Gestão de Negócios Sustentáveis”, 2013, traz de forma ampla a contribuição para nosso entendimento da importância da ética no mundo corporativo.

Ética corporativa não é um luxo filosófico, nem uma matéria individual de foro íntima reservada a acadêmicos e pensadores teóricos. Antes, é um dos pilares mais evidentes das economias realmente desenvolvidas, dos países com sólido crescimento, das culturas geradoras de uma civilização. (MAZALLI, SCHLEDER, PEDREIRA, 2013, P. 63)

Destaca-se um trecho do vídeo de apresentação da ISO 26000/2009 -Norma internacional de Responsabilidade Social que diz: “Hoje eu tenho um sonho.Que nós encontremos o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, progresso social e proteção ambiental. Que inclusão, responsabilidade, e respeito às leis serão realidade em todas as empresas: pequenas, médias e grandes.” Um tanto quanto utópico e romântico este texto, porém, há quem diz que toda mudança passa por utopia, vai evoluindo, e quando vê, torna-se viável e possível até ser uma realidade.

Outro movimento que ganha espaço mundial e que os brasileiros já adotaram, é o “Conceito Lixo Zero”. Uma meta ética, econômica, eficiente e visionária, que guia pessoas e instituições a mudarem as práticas para incentivar os ciclos naturais sustentáveis, onde todos os materiais são projetados para permitira sua recuperação e uso pós-consumo. Também propõe medidas de ação pública e privada que minimizem os impactos do aquecimento global. (Rodrigo Sabatine).

Não se assegura a longevidade de um negócio, seja com quais atrativos turísticos que tiver ao seu redor; patrimônio históricos, gastronomia renomada, recursos naturais,sem a devida preservação. Destino turístico que é forte como o Rio de Janeiro e seu litoral, pode perder força na decisão dos turistas de lazer, quando não tem ações efetivas para garantir segurança, por exemplo. Quando a desordem habitacional e comercial é insistente,e a falta de padronização nos serviços oferecidos é uma realidade. A exploração econômica de paisagens sem responsabilidade socioambiental e a geração do desequilíbrio ecológico como se vê na orla carioca podem afastar o turista pós pandemia.

Não se assegura a longevidade de um negócio, seja com quais atrativos turísticos que tiver ao seu redor; patrimônio históricos, gastronomia renomada, recursos naturais, se não se preservar. Se não se investe em pessoas e na geração de renda para o desenvolvimento local integrando empresas e agregando valores. As motivações que deslocam pessoas dos seus lares para hospedar-se em um hotel, tem que ser bem conhecidas pelos gestores quanto ao seu potencial, mas principalmente às suas fragilidades e vulnerabilidades.

Quando o tema é responsabilidade socioambiental, o elemento “lixo” é um dos fatores muito importante no papel de prevenção à poluição de corpos hídricos, diminuição da emissão de gases efeito estufa,de degradação do solo,mitigação de doenças (saúde pública), geração de renda e aumento da autoestima de populações mais vulneráveis a subempregos com o reconhecimento e a valorização dos profissionais de limpeza e catadores.

Reconhecendo essas necessidades, abrem-se para os movimentos inovadores e nos tornam-se aptos a adesão de ferramentas para uma gestão mais comprometida e integrada, viabilizando a responsabilidade compartilhada.Como o conceito Lixo Zero,que trata um problema; “lixo” tornando-o:

  • Geração de renda com empoderamento de cooperativas;
  • Inclusão social tirando jovens ociosos e mulheres das ruas;
  • Apoia e fortalecimento a reciclagem, compostagem, hortas comunitárias e artesanatos, dentro e fora do estabelecimento;
  • Preservação das paisagens;
  • Educação e conscientização com ações, além de agregar valor à marca.
Open chat
Precisa de ajuda?