Gestão de Resíduos de Cigarro

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Gestão de Resíduos

Não é de hoje que se debate as implicações ou danos causados pelo consumo de cigarro e o contato com resíduos gerados pelo hábito de fumar. Alguns aspectos entram no debate como: problemas de saúde pública, social, econômico e, mais recentemente, problemas ambientais.

Notadamente, no Brasil, a saúde foi o aspecto que mais avançou referente às pesquisas sobre tabagismo. Segundo o INCA- Instituto Nacional de Câncer, o percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando uma expressiva queda nas últimas décadas em função das inúmeras ações desenvolvidas pela Política Nacional de Controle do Tabaco. Os dados mais recentes do ano de 2019, apontam o percentual total de adultos fumantes em 12,6 %, enquanto que em 1989 eram 34,8%. (INCA -Instituto Nacional de Câncer)

Os dados na saúde foram significativos e as iniciativas públicas resultaram na criação da Lei Antifumo em 2011, regulamentada em 2014. A lei proíbe fumar em estabelecimentos fechados ou com paredes laterais, toldos, e ainda prevê regras para armazenamento e manejo dos resíduos gerados.

Essas ações são relevantes para o controle do consumo de produtos de tabaco e para a exposição passiva aos resíduos resultantes dele. Resíduos de cigarro apresentam toxicidade, com o simples contato com a pele e fios de cabelo, que absorvem esses componentes.

Além disso, com a proibição do fumo no interior dos estabelecimentos, nota-se o aumento das guimbas (bitucas) em áreas públicas, ruas, praças, calçadas e praias, gerando um impacto ambiental enorme. Não só as paisagens são alteradas (poluição visual), mas água, solo, ar e a fauna marinha são extremamente atingidas, devido a toxicidade deste tipo de resíduo. 

Vale destacar: Estudo da USP confirmou que 2 guimbas de cigarro, misturadas em 1 litro de água, geram o equivalente a 1 litro de esgoto.

Temos então uma série de fatores que necessitam ser trabalhados na cultura, no comportamento e na consciência ambiental dos gestores públicos e privados e da população em geral. Afinal, a média entre os brasileiros fumantes ainda é de 17 cigarros por dia, e jogar guimbas no chão por hábito, cultura ou por falta de educação é prática de 98% destes, que confirmam fazer o descarte incorreto.

Contribuindo para a desinformação, regras e leis em sua maioria das vezes, estão inadequadas e não atuais. Exemplo: a legislação diz que bitucas de cigarros não são recicláveis. Pode parecer complexo, mas desde 2010 a Poiato Recicla vem desenvolvendo o trabalho de gestão de resíduos de bitucas de cigarro, que implica na disposição de coletores adequados, coletas regulares pela empresa – que é licenciada para este transporte específico – e reciclagem e destinação final do resíduo. O trabalho se complementa com educação ambiental através de palestras e o beneficiamento de projetos sociais, que recebem a massa celulósica resultante do processo de reciclagem das bitucas para confecção de papel reciclado.O grande desafio para a Poiato Recicla, é ampliar esses conhecimentos (que resultaram em sucesso), para outras regiões do país. Aqui no Rio de Janeiro, a Impacta Consultoria de Sustentabilidade é a representante da Poiato Recicla. Se você tem interesse em conhecer mais esse trabalho e solução, vamos conversar!

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